Querida Sue - Jessica Brockmole



Autora:Jessica Brockmole
Editora: Arqueiro
255  págs.
2014

Acabei de ler esse livro e posso garantir que ele supriu minhas expectativas. Realmente consegui me colocar no lugar dos personagens que viveram entre 1912 a 1940. E apesar da história ter como cenário as grandes guerras a parte política não é abordada e as tragédias não são aprofundadas. O foco fica em como os personagens conseguem viver nesse período e o impacto que a guerra teve na tomada de decisão, nos sonhos e esperanças de futuro deles.
A narrativa é toda por cartas e os capítulos se revezam entre o passado (1912-1919) e o presente (1940). Nas cartas referentes ao passado os protagonistas são: David Graham, um jovem americano que se encanta com um livro de poesia que lê e resolve escrever para a poetisa, Elspeth Dunn. E para sua surpresa ela o responde e assim começa uma bela amizade e uma história de amor cheia de altos e baixos. Ele descobre que na verdade ela mora em Skye, uma ilha da Escócia e por ter medo do mar nunca saiu da ilha, apesar dos seus sonhos de estudar etc. Aos poucos eles estão trocando informações sobre seu dia-a-dia, seus gostos em geral e principalmente literário, suas opiniões sobre vários assuntos (família, casamentos, filhos, guerra etc) e claro seus sonhos e perspectiva em relação ao fim da guerra.

Na parte das cartas referentes ao presente elas são trocadas entre uma mãe e sua filha, Margaret em Edimburgo (capital da Escócia). No início acompanhamos a preocupação e os desentendimentos entre elas. Mas o que mais me chamou atenção foi a ocupação de Margaret nesse período de guerra, ela era responsável em acompanhar crianças e jovens a lugares seguros (não consegui deixar de associar as crianças das Crônicas de Nárnia que são levadas a propriedade de um tio distante no perdido das guerras). Por isso ela troca cartas com a mãe, porque vive viajando. Fiquei imaginando como deveria ser difícil o relacionamento entre pais e filhos nesse época cheia de perigos; como os próprios personagens falam, no período de guerras tudo fica mais difícil e as emoções ficam mais intensas e as decisões mais imediatistas.

Lendo essas cartas pude perceber que as dúvidas, os medos e inseguranças e claro os sonhos e a esperança de uma amanhã melhor são atemporais e estão intrínseco ao ser humano.

As duas histórias se cruzam quando um bombardeio atinge a casa de Margaret em Edimburgo e ela encontra sua mãe em choque no quarto cheio de cartas endereçadas a um tal de Sue. O primeiro mistério é descobrir quem é Sue e qual a ligação dela com sua família. Depois disso sua mãe desaparece e Margaret começa a correr atrás de explicações sobre os mistérios do passado de sua família, passado que sua mãe nunca lhe contou.

O que mais posso dizer sem revelar muito??? O mais interessante são os valores familiares e as mensagens que o leitor percebe ao acompanhar a história dessa família e claro sempre torcendo para que o final seja positivo. Então posso garantir que uma história de amor tem sim seus momentos lindos e maravilhosos, mas precisamos lembrar que muitas vezes as escolhas dos apaixonados envolvem toda a família. E nesse caso são necessários anos para que algumas escolhas sejam superadas, compreendidas e perdoadas.


Enfim fica a dica de uma leitura tranquila e sem muitos mistérios e o melhor com um final feliz e bem esperado. Aquela leitura que te faz suspirar aliviada e feliz ao virar a última página.


Obrigada por visitar, ler e deixar sua opinião!!!
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7 comentários:

  1. Oi Aline, tudo bem?

    Ahh eu to doida pra ler esse livro. Engraçado que eu imaginei que a história fosse mais densa, com uma leitura menos tranquila e mais drama. Mas ainda assim quero ler =)

    beijos
    Kel
    www.porumaboaleitura.com.br

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  2. Oi, Aline!

    Eu já disse em algum post anterior que tava com uma invejinha de você por ter esse livro hahaha. Não se preocupe, meu irmão me deu como presente de aniversário dois livros para eu escolher. Claro que escolhi Querida Sue. Com sua resenha, aumentou mais ainda minha vontade de ler. Parece ser tão lindo essa história (e nem gosto muito disso).
    Espero me emocionar, afinal não tem coisa melhor do que se surpreender com um livro!

    Abraços!

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  3. Parece ser muuito bom! C:
    Msm eu prefirindo o estilo d romance cara a cara rs mas m interessou bastant,, beijinhs
    Agarotaeoseulivro.blogspot.com.br/

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  4. Olá Aline!
    Este parece ser o tipo de livro que gosto: Calmo e romântico.
    Infelizmente, no momento estou desejando algo mais eletrizante, marcante...
    Espero conseguir ler esse livro um dia, mas em um momento mais calmo da minha vida, rs.
    Adorei a resenha!
    Beijos,
    Ana M.
    http://addictiononbooks.blogspot.com.br/

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  5. Oi Aline,
    Estou terminando de ler Querida Sue e olha, estou bem surpresa.
    Eu relutei em pedir esse livro para Editora, mas ainda bem que o fiz, pois estou amando cada linha desse livro.
    Romântico, lindo e um pouquinho triste por causa dos horrores da guerra. Até já imagino o que irá acontecer no final e espero que seja um final bem feliz, pois David e Sue merecem ;D
    Beijos.
    Katielle

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  6. Puxa vida, adoro livros escritos em forma de cartas! E também o período em que a história se passa m interessa muito. Adorei a resenha.
    Beijo!

    www.diarioquaseescritora.blogspot.com

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  7. Olá Aline! Adorei sua resenha, eu até que gosto de livros de época, mas o problema é que muitos tratam mais da guerra e acontecimentos históricos que a história propriamente dita, por isso é muito difícil eu ler um livro do gênero, mas pelo que percebi de sua resenha é um pouco diferente nesse caso, tendo como foco os personagens e como eles vivem nesse período.
    Acho que li pouquíssimos livros também escrito em formas de cartas, mas adoro a ideia, gosto daqueles escritos em forma de diários tbm, acho bem originais e também conseguimos entender mais o que se passa com o personagem, suas percepções e sentimentos.
    Beijo!
    http://booksmanybooks.blogspot.com.br/

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