Autoras: Jennifer Kaufman e Karen Mack
Editora: Casa da Palavra (Leya)
2011
317 págs
Confesso que a 1ª coisa que me chamou atenção nesse livro foi a capa da edição de 2006(Banheira), mas acabei ganhando a edição de 2011(colorida); e a segunda coisa foi o título, achei tão interessante e fiquei com a imaginação a 1000 de curiosidade para ler.
"Eu coleciono livros da mesma forma que minhas amigas compram bolsas de grife. Às vezes, só gosto de saber que os tenho e lê-los de fato não vem ao caso. Não que eu não termine lendo-os todos, um por um. Eu os leio. Mas o mero ato de comprá-los me deixa alegre." pág. 22
E para minha tristeza não saciei minha expectativa, não consegui criar uma conexão com a história nem com os personagens, mas apesar disso o livro foi bem revisado, tem uma diagramação simples, capitulos curtos que facilitam a leitura e antes de cada capitulo as autoras colocavam citações de livros; e no final do livro elas colocaram uma lista completa dos livros citados; bem útil para quem quiser mais informações.
Nesse livro encontramos uma narradora mais madura Dora, na faixa do 30 anos. Ela mora em Los Angeles, está desempregada e acabou de passar pela sua segunda separação, não tem um relacionamento muito estável com sua familia (mãe e irmã) e afoga suas máguas na leitura compulsiva de livros, essas leituras são acompanhadas por uma boa taça de vinho; além disso esse ritual é feito no banheiro de seu apartamento onde ela tem uma banheira fantástica, então já deu para imaginar né: sua familia fica preocupada porque quando ela está em crise fica dias sem sair de casa, além disso seu apt° está contantemente um caos, ela não é nada organizada.
"Acho que o único momento em que estou feliz é quando estou lendo. Os livros fazem a vida ter sentido." pág. 116
"Todo mundo realmente tem problemas, mas essa é a maneira como lido com os meus. Fico feliz em ficar sozinha no meu quarto lendo." pág. 253
Dora também divaga um pouco sobre seu passado e o problema de sua mãe ter sido abandonada pelo seu pai quando ela e a irmã eram pequenas. Sua mãe ficou em depressão e passou essa fase bebendo e lendo sem parar (então Dora tem a quem puxar) e elas eram estimuladas a ler também porque a mãe não queria barulho nem conversas sobre os problemas.
"Minha mãe estava sempre procurando algo que desse significado à
existência dela, que a tirasse da vida de desespero e da rotina
familiar." pág. 13
Quando o pai de Dora faleceu deixou uma bela herança para ela e é esse dinheiro que a vem sustentando a tempos. E o único lugar que Dora gosta de visitar é a livraria onde gasta boa parte de seu dinheiro e acabou se encantando pelo vendedor Fred. Eles começam um relacionamento bem interessante até Dora conhecer a familia dele (ela se encanta com elas), que por sinal estava passando por problemas sérios e Fred tentava ser o mais omisso possivel; mais ou menos na mesma época o ex-marido bem sucedido de Dora volta a cercar seus passos com carinho e atenção e nesse momento ela começa a ficar em dúvida no que seria melhor para sua vida.
Enfim o livro para mim só ficou interessante quando Dora saiu de seu mundinho de fuga através da leitura e percebeu que ajudando outras pessoas a resolverem seus problemas, ela acabou conseguindo força para analisar sua trajetoria de vida e melhorar o que não estava funcionando. Adorei ela voltar a trabalhar como jornalista e agregar o relacionamento com a familia do Fred a sua vida (a mãe e a sobrinha dele são umas queridas). Achei o fim meio solto, sei lá senti falta de emoção e detalhes.
Enfim fica a dica de mais um leitura, talvés se você não criar tanta expectativa, aproveite melhor que eu.
Obrigada por visitar, ler e deixar sua opinião!!!