Desventuras em série #2 - A sala dos répteis

 

Autor: Lemony Snicket
Editora: Cia. das letras
181 Págs. - 2001
Resenha: Mau começo

Como falei na resenha de Mau começo, eu já tinha os dois primeiros exemplares dessa série e decidi ler. Gostei de ambas as histórias, apesar de ficar morrendo de pena desses irmãos e ter esperança deles ficarem bem e felizes, pelo menos no último livro (talvez seja isso que motiva o leitor a ler os 13 livros) confesso que se tivesse os outros por aqui iria ler todos seguidos, pelo menos um por mês; mas como não os tenho fisicamente decidirei se irei ler os demais em ebook mesmo. Enfim a leitura flui bem devido a narrativa objetiva e os capítulos curtos.

Nesse segundo livro os órfãos estão indo morar na casa de um tio distante, o tio Monty, Dr Montgomery, um herpetologista famoso e excêntrico. Ele ficou muito empolgado com a vinda das crianças para sua casa, assim ele teria companhia além das suas cobras. Todos se dão muito bem logo de cara. O tio deixa que eles o ajudem com seus trabalhos de pesquisa com as cobras, cada um dentro de suas habilidades de criação, pesquisa/leitura e morder (sunny) seriam importantes para o tio e a noite teriam diversão.

"Os três Baudelaire, que haviam mostrado tanta apreensão quando passaram pelos arbustos com forma de cobras na primeira vez, agora fizeram o mesmo trajeto até o carro do sr. Poe correndo na maior algazarra e sem a menor preocupação." pág.23

"Violet, Klaus e Sunny, com os olhos fixos na Sala dos Répteis, constataram que viver com o tio Monty significava o fim de suas amarguras e dificuldades. Estavam enganados ... mas, naquele momento pelo menos, os três irmãos viviam um momento de animação, esperança e felicidade." pág. 30


Quem conhece a série sabe que o vilão conde Olaf não desistirá facilmente de tomar posse da herança dos Baudelaire, então ele arranjará uma forma de se infiltrar na casa do Dr. Monty e causar o caos.

"As vezes as pessoas pensam que os órfãos, por serem infelizes, eram também abobalhados." pág. 14

As crianças tentarão de todo jeito alertar os adultos da presença do conde Olaf, mas não serão levadas a sério até ser tarde demais. Elas terão que conseguir provas para comprovar que estão certas.

"É uma coisa curiosa, a morte de um ente querido. Todos sabemos que nosso tempo neste mundo é limitado, e que finalmente todos acabaremos debaixo de algum lençol, para não acordar nunca mais. No entanto, é sempre uma surpresa quando isso acontece a alguém que conhecemos. É como subir a escada para seu quarto no escuro, e achar que há mais um degrau do que realmente há. O pé resvala no ar e segue-se um aflitivo momento em que, colhida às cegas pela surpresa, a pessoa tenta adaptar-se à escuridão." pág.95

Gostei muito dessa leitura, fiquei o tempo todo tensa com os perigos que os órfãos viveram além de mais uma vez ficar revoltada pelo conde Olaf ser mais esperto que todos os outros adultos da história e pelas crianças não serem levadas a sério quando o assunto colocava a vida delas em risco. 

Acredito que o autor quis através da história dessa série chamar a atenção dos leitores (além de uma crítica social) para os vários perigos que crianças órfãs (ricas ou não) vivenciam em suas vidas. No caso especifico da história, as crianças acabaram de perder os pais e não conseguem se realocar em um novo lar porque um ser do mal as persegue friamente e os adultos 'responsáveis' por elas não conseguem protegê-las nem prender o conde Olaf. É revoltante!!!



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