Uma curva no tempo - Dani Atkins

Autora: Dani Atkins   
(Livro cedido em parceria)  
Editora: Arqueiro   
2015 - 235 págs

Garanto que a primeira coisa que chamou minha atenção nesse livro foi essa capa linda e maravilhosa e posso dizer que os poucos detalhes que a diagramação do mesmo apresentou me deixou sorrindo encantada, por ter um livro tão fofo em mãos. Os capítulos são em tamanho médio, são treze no total, mas mesmo para aqueles que preferem capítulos menores como eu não sentirão esse detalhe, já que a narrativa é tão envolvente que o número de páginas passa a ser o que menos importa. A narrativa é em primeira pessoa feita pela protagonista Rachel Wiltshire, assim acabei me sentindo tão próxima dela e de seus dilemas que fiquei ansiosa, enraivecida, tensa e feliz com tudo que acontecia com ela e com as pessoas que ela mais amava. 
 

Confesso que a autora conseguiu me deixar curiosa e criando teorias mirabolantes para explicar os rumos que o destino da protagonista tinha tomado; mas não cheguei nem perto da conclusão emocionante e ao mesmo tempo feliz e triste que foi dada para a história. 

Garanto que aqueles que gostam de romances irão adorar esse livro e para aqueles que evitam dramas, fiquem tranquilos que a autora não usa de recursos apelativos e são poucos os momentos de tensão emocional, mas com extrema importância para o enredo. 

Vale demais ler essa história que nos faz pensar em como não temos controle total de nossa vida, até podemos planejá-la em alguns aspectos, mas precisamos prestar atenção e valorizar as pequenas coisas do dia-a-dia, além de viver e não esperar explicações lógicas para tudo que nos acontece. Lembrando ainda que em muitos casos para que nossa felicidade exista precisaremos abrir mão de algumas coisas, afinal não podemos ter tudo.
 

Em Uma curva no tempo conhecemos Rachel e seus amigos quando eles estão em um jantar de despedida em Great Bishopsford na Inglaterra, antes de irem para universidade. Um acidente acontece mudando a vida deles para sempre. Cinco anos depois encontramos em Londres uma Rachel de 23 anos, vivendo uma vida totalmente diferente do que ela havia planejado, ela simplesmente não conseguiu superar os traumas do acidente e para piorar ela terá que voltar a cidade onde nasceu para o casamento de sua melhor amiga. 

"Era mesmo da cidade que eu tinha medo ou das lembranças que eu sabia que estariam à minha espera lá? Lembranças que eu aprendera a enterrar bem fundo e nunca permitir que viessem à tona." Pág. 24

Em sua cidade natal ela terá que encarar seus fantasmas, mas o que acontece por lá acaba sendo demais para seu emocional já tão abalado, e ela acaba desmaiando e quando acorda no hospital é como se tudo que ela tivesse vivido nos últimos cinco anos fosse totalmente diferente da realidade.

"Todos os fatos e personagens estavam presentes, mas os detalhes e acontecimentos tinham sido torcidos numa estranha realidade paralela. Era minha vida, mas não como eu a conhecia, porque ali ela era muito melhor." pág. 89 
 

Garanto que dessa parte em diante me senti como se estivesse em um livro de suspense porque Rachel começa a investigar para descobrir porque suas memórias são divergentes da realidade comprovada por fotos, documentos e depoimentos de seu pai e amigos. E apesar da "realidade" ser melhor do que a realidade de suas memórias, ela fica a maior parte do tempo querendo explicações lógicas para tudo. Mas enfim acaba cedendo e aceitando que ser feliz é o que importa e quem sabe algo mágico tenha mesmo acontecido e lhe dado uma segunda chance para ser feliz ao lado de quem mais ama!!!???

"E se nunca descobrirmos o que de fato aconteceu? Se nunca encontrarmos as respostas? O que vamos fazer?

- Acho que o que você precisa se perguntar é quanto tempo e energia quer gastar olhando para trás." pág. 213
 

Leiam essa história e permitam-se emocionar com mensagens sobre: nostalgia, culpa, medo, valor da amizade, amor, sacrifício por amor, superação, fé e muito mais. Fica a dica!!!

"Não gritei, nem berrei, nem mesmo voltei a desmaiar. Apenas fiquei olhando, transfixada, o rosto que estivera ausente de minha vida por cinco anos terríveis. Ele sorriu, mas alguma coisa em meu escrutínio fez seu sorriso vacilar e a saudação foi reformulada, transformando-se em uma expressão de profunda preocupação." pág. 81

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