O Duelo dos Reis - Joe Abercrombie

A Primeira Lei - Livro 3

Autor: Joe Abercrombie

Editora: Arqueiro
(cortesia)
2015 - 568 págs

Minha história com essa trilogia começou em 2013 quando soube de seu lançamento. Lembro que pensei que seria interessante conhecer um novo estilo (fantasia épica), sair da minha zona de conforto e trazer algo diferente para os leitores do blog!!!??? Mas o enredo e a narrativa não foram o que eu esperava e percebi que a leitura não fluía do jeito que eu gosto; mesmo assim persisti, coloquei como meta concluir essa série e continuei solicitando. Mas quando o terceiro livro chegou eu simplesmente não conseguia progredir na leitura, não conseguia conexão com a história e seus personagens. Senti como se tivesse lendo mais do mesmo =\ nunca demorei tanto para terminar a leitura de um livro, vejam aqui no meu histórico de leitura do skoob:

No início do ano tentei e parei várias vezes até decidi adotar a ideia da amiga blogueira Fran do Universo literário #LeituradeDomingoUL Dessa forma lia um pouco a cada domingo e assim consegui fazer as coisas acontecerem. Já no fim do livro decidi que queria terminar ele logo e li um pouco todo dia e nem acreditei quando em plena sexta 13 conclui a leitura e senti um grande alívio. Sabe aquela sensação de dever cumprido!!!??? 

Afinal não deixa de ser um compromisso, já que é um livro de parceria. Agradeço demais a Natália, meu contato na editora Arqueiro pela paciência e compreensão. Sei que nem poderei fazer uma resenha técnica sobre a história e seu enredo porque não consegui me conectar com a mensagem do autor; mas espero que minhas impressões e experiência sejam interessantes para vocês.

Link resenhas: O Poder da espada (minha primeira resenha foi até positiva, foi uma primeira impressão e esperava que nos próximos as coisas fossem mais empolgantes e ágeis) e Antes da Forca (apesar do segundo não ter evoluído muito na questão da narrativa ele trouxe um pouco mais de detalhes sobre a guerra e seus envolvidos). 

Nesse terceiro livro a guerra chega ao fim após muitas mortes e alianças inusitadas, mas deixa claro que nada mudou, apenas a dança das cadeiras dos líderes é que mudou. Mesmo com um novo rei tentando melhorar as coisas para a população ("O povo tem sido bom conosco. Ele nos ajudou a chegar ao poder e sofreu em nosso nome. Um governo deve oferecer algo a todo o seu povo, não é? Quanto mais simples, quanto mais pobre, mais ele precisa da nossa ajuda. Um rei é tão rico quanto seu súdito mais pobre, não acha?" pág. 549) ele acaba não recebendo o devido apoio de seus conselhos para colocar suas ideias em prática. E por fim o pior de tudo é que o principal mago na história se mostrou um ser desprezíveis, manipulador e egoísta.

Em O Duelo dos Reis, assim como nos livros anteriores encontrei vários momentos em que os personagens fazem reflexões sobre a vida, que podem ser usados também fora do contexto da história. E esse foi um dos pontos positivos que achei na leitura. Veja alguns aqui:

"Os que morrem no campo de batalha são, de certa forma, os poucos sortudos. Jovens para sempre. Gloriosos para sempre." Pág. 555

"Os amigos são pessoas de quem a gente finge gostar para tornar a vida mais suportável. Homens como nós não precisam desse tipo de indulgência. Nós somos medidos por nossos inimigos." Pág. 558

"A liberdade é superestimada. Todos temos nossas responsabilidades. Todos devemos alguma coisa a alguém. Só quem não tem valor é inteiramente livre. Quem não tem valor e quem já morreu." Pág. 560

"Sabe o que é pior do que um vilão? Um violão que acha que é herói. Não há nada que um homem assim não faça, e sempre arranja uma desculpa." Pág. 566

Agora uma coisa posso falar, o autor conseguiu deixar os personagens e as situações vivenciadas por eles tão verdadeiras que em vários momentos, principalmente da guerra fiquei com mil sensações, entre elas medo e asco (torturas e violência) e com certeza não existem violões preestabelecidos, cada ser é testado em seus limites.

Como falei na minha primeira resenha uma coisa que me chamou atenção foram os poucos personagens femininos, apesar de nesse terceiro livro aparecerem mais algumas porém ainda são poucas em proporção aos masculinos.

Confesso que outro ponto que me deixou chateada foi que no final da história tive a impressão que a série não terminou, senti a existência de alguns ganchos para possíveis continuações. Mas aprendi minha lição, não pretendo ler mais nada do autor simplesmente porque prefiro enredos mais objetivos e conclusivos. Mas se você gosta do estilo leia e formule sua opinião, ok!!!???

O aprendizado que tiro dessa experiência é que antes de me aventurar por estilos diferentes preciso pesquisar melhor sobre a opinião de pessoas que assim como eu não tem o hábito de ler o estilo em questão porque para quem já é fã de fantasias épicas só irão elogiar o mesmo. 

Como o próprio George R.R. Martin, autor de A Guerra dos tronos diz: "você não vai conseguir parar de virar as páginas." Discordo, para mim foi difícil virar as páginas porque a narrativa nem sempre era ágil, tinha seus momentos empolgantes, mas nada que me deixasse ansiosa por mais. E seus vários núcleos se revezavam numa frequência constante, para dar uma noção do que estava acontecendo ao mesmo tempo em várias partes do mundo em questão, mas para mim esse recurso quebrou a agilidade do texto, mas essa é minha opinião ok!!!??? Para quem leu e gostou fico feliz porque o que seriam dos autores e seus estilos variados se não fossem os leitores e seus gostos diferentes???.

É isso espero que tenham gostado de acompanhar minhas desventuras pelos livros do Joe Abercrombie e sua Primeira lei!!!

P.s. Fonte imagens Google!!!

 Obrigada por visitar, ler e deixar sua opinião!!! 

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