Um Perfeito Cavalheiro - Julia Quinn

Autora: Julia Quinn
Os Bridgertons #3
Editora: Arqueiro
(Cortesia)
295 Págs.
2014

Não sei se vocês já tinham percebido, mas nesses romances de época que a editora Arqueiro está lançando, o nome das autoras tem mais destaque do que o título do livro; Acredito que isso acontece porque elas são muito boas no que fazem e seus leitores a seguem em qualquer história. A cada livro que leio da Julia Quinn tenho mais certeza que ela é uma das autoras que mais gosto no momento. Esse terceiro livro me encantou e envolveu da mesma forma que os outros dois, agora estou ansiosa para ler mais coisas dela.
 

Nesse terceiro livro começamos conhecendo a história de Sophie Beckett, filha bastarda do Conde Richard Gunningworth. Ele a cria, após a morte da mãe dela, mas nunca a assumiu diante da sociedade, para eles ela era pupila do conde. Apesar da distância física e emocional que ele fazia questão de manter de Sophie, ele nunca deixou faltar nada para ela, entre roupas e estudo. Sophie até gostava da sua vida, convivia com os empregados, em especial com a Sra. Gibbons, governanta que sempre tratou Sophie com uma bondade excepcional. Mas sua vida estava para mudar porque quando estava com 10 anos seu pai se casou novamente. Ela até pensava que assim teria uma família, mas a madrasta a renegava e não permitia que suas duas filhas a tratasse diferente. E tudo ficou pior com a morte do conde, porque a condessa transformou Sophie em sua escrava. (Alguém está percebendo alguma semelhança com um conto de fadas??? Pois é a autora se inspirou em Cinderela para escrever sobre Sophie).

A família Bridgerton estava oferecendo um baile de máscaras e com a ajuda da governanta e das outras criadas Sophie consegue ir ao mesmo. Ela nem acredita que depois de viver imaginando esses eventos após ler durante anos a coluna da Lady Whistledown, ela poderá ver com seus próprios olhos. Sua intenção era entrar e passar pouco tempo, mas assim que chegou chamou a atenção de todos por sua beleza e por ninguém saber quem ela era; mas foi sua alegria e encantamento por estar ali que despertou o interesse de Benedict Bridgerton. E algo forte nasceu mutuamente quando Sophie percebeu a aproximação daquele lindo homem.
 

Benedict amava sua família, mas sentia falta de ser reconhecido por ele mesmo e não por ser o Bridgerton número dois. Ele ansiava por sua individualidade. E quando a dama de prateado demonstrou não o reconhecer seu interesse por ela só aumentou. Eles passaram parte da noite conversando, mas perto da meia-noite Sophie precisou ir embora sem nem ao menos dizer seu nome, nem mostrar seu rosto.

No dia seguinte enquanto Benedict sai a procura da dama misteriosa, Sophie é expulsa de casa pela madrasta por ter saído escondido e por ter tirado a oportunidade das filhas dela se aproximarem do solteiro mais cobiçado do momento.

Anos se passam e desconsolado pelo sumiço da dama do baile de máscaras Benedict decide que não quer se casar com mais ninguém. Começa assim a frequentar lugares e festas para solteiros, mas até esses lugares não tem graça para ele. Durante uma dessas festas ele acaba salvando uma criada (Sophie) de ser violentada por um grupo de jovens bêbados. E para surpresa dela ele não a reconhece, mas mesmo assim decide ajudá-la.

Desse momento em diante garanto que muitos serão os questionamentos que eles farão para resistir ou se entregar ao sentimento que os atraem. Ele quer se manter fiel a busca de sua dama misteriosa (esperança de encontrá-la) e ela fica indecisa se conta ou não que ela já o conhece do baile e além disso sabe que eles nunca poderiam ficar juntos, são de classes diferentes e ela não aceitaria ser amante e colocar bastardos no mundo.

 (Esses quotes com imagens foi inspirado na Rafa do Fascinada por historias)

Ufa, posso garantir que muitos serão os dilemas e situações que esses dois passarão. Mas para mim a melhor parte sempre fica quando os familiares Bridgerton aparecem. Nesse livro Eloise, Francesca e Hyacinth estão crescidas e bem mais ativas na história, adorei. Violet (mãe dos Bridgerton) também tem mais participação e papel fundamental na solução final da história (adooooro).

Uma coisa interessante é que a coluna de fofocas da Lady Whistledown serve também para situar o leitor em relação a passagem do tempo e claro informar sobre os ocorridos em Londres e seus arredores. Enquanto lia percebi que sempre que algum personagem estava fazendo algo errado ou passível a crítica em relação as normas de moral da sociedade da época, eles falavam para esse alguém ter cuidado, caso contrario a Lady Whistledown seria atualizada por suas mil informantes (lembrei da garota do blog da série G.G.).

De uma forma geral adorei o livro e a forma como a autora encontra meios de diferenciar os irmãos Bridgerton (personalidade) e a forma como eles encaram o amor e a família. Maravilhoso!!! Fica a dica de leitura!!!

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